sábado, 22 de setembro de 2012

BEM-VINDO AO UNIVERSO DA ESCURIDÃO ABSOLUTA


Caro leitor

Quando inicei o primeiro rascunho, no ano de 1982, eu não fazia ideia do alcance da trama e quais os caminhos ainda a trilhar para concluir uma das mais mirabolantes aventuras escritas aqui no Brasil. Somente em 1997 eu escrevi a trama toda criando expectativa em torno da historia ao torna-la um romance baseado somente em fatos científicos. Naquele ano eu incluí nas suas raizes uma brincadeira com o tempo. Diga-se de passagem que foi muito boa porque nos anos seguintes vi os conceitos ali descritos incorporados em produções televisivas. Mais tarde, em 2010, depois de ver uma linha geral sendo a base de um seriado eu quase desisti de tudo, mas continuei planejando, ao menos, a primeira parte do livro. Sem muito entusiasmo, eu pensei que não encontraria outra solução. Assunto discutível é claro, mas esse foi um dos fatores importantes para eu realizar o grande salto de criatividade no desenvolvimento do produto.

Eu esperei durante trinta anos para aprender e conceber uma aventura de ficção científica de uma maneira inédita no Brasil, e sem utilizar ghostwriter, aquele escritor fantasma. E eu não quis desistir do sonho só por que alguém usou algo de mim, pois eu concebi o original, portanto, somente eu teria a capacidade de superar este obstáculo e recriar o que supostamente me fora tirado, e terminei tendo algo muito melhor em mãos.
Agora eu tenho de conquistar um publico.

Escuridão Absoluta, não se trata apenas de um novo título de ficção, no seu contexto traz o que é o Universo, e desde 2010 é um projeto desejoso por contar a saga de uma civilização e sua relação dúbia com o universo, tudo num período de dez anos. E para conta-la o esquema abrange outras linguagens editorias desse gênero, como poderão conferir futuramente, no épico: Orbitador Espacial e no suspense: Sem Vestígios. O segredo está no vinculo entre as historias, e os sabichões podem quebrar a cabeça para descobrir o que é! Mas cada titulo poderá ser lido separadamente, sem qualquer perda na trama.

Praticamente tudo está definido, pois eu redigi os rascunhos de 1997 a 1999, devidamente registrados. O que estou fazendo agora é transformar os rascunhos em produtos literários.

Escuridão Absoluta tinha de ser o primeiro da lista e terminei todos os três volumes da maneira desejada. O ano que vem estarei trabalhando na saga do Orbitador Espacial, e no ano seguinte, em Sem Vestígios. No meio disto eu ainda estou desenvolvendo series especiais: A Joia de Basphií, quatro aventuras da série Na Versão do Autor, tendo já concluído duas delas, e os inéditos, ainda com título provisório: Quem vai nos salvar deles? e a saga Eternidade. E aos domingos, só pra não dizer que não trabalho nos fins de semana, rascunho uma autobiografia fantástica, baseada em um fato real ocorrido comigo, fazendo-me de personagem principal. Legal isso!

Bem, eu espero contar com os visitantes deste Blog para ter este trabalho divulgado e em troca eu lhes proporcionarei a diversão mental que tanto necessitam. Trarei à vocês historias interessantes e também vão conhecer tudo o que já sofri para escrever este gênero, que eu amo muito.

Um Abraço e boa leitura!

ROBERTO MIRANDA
escritor de ficção científica do Brasil

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Conversa de Gente Grande Mesmo



Conversa Afiada

Em 19 de agosto eu aproveitei o contato feito com o Gerson Lodi-Ribeiro para trocar figurinhas sobre nossas obras. Achei legal conhecer mais sobre outro escritor deste segmento fantástico, embora ambos não ter o costume de ler quando está se dedicando a escrever suas historias, uma tecnica para o trabalho não sofrer influências, ou, como ele proprio diz: para evitar "contaminação".

Isso me fez lembrar das primeiras versões de Escuridão Absoluta, mais para Star Wars e Galáctica devido à minha adoração por efeitos visuais. Em meu projeto atual tudo está planejado diferente e para os proximos 10 anos, depois disso não sei se vou continuar a escrever. E nos intervalos vou procurar ler as obras feitas pelos colegas, e acumulo no "carrinho de compras" cinco livros interessantes. Jà o Gerson não quer deixar de escrever um só dia, e sobre isso ele disse: “ Talvez por eu ser um pouco monomaníaco e não conseguir "largar o osso" enquanto estou com uma história engasgada.”

Eu acho esse assunto imprevisível, mas a minha mente precisa constantemente de descanso. Então comparamos nosso metodo de trabalho, e apesar da semelhança eu demoro mais do que ele para colocar tudo nos minimos detalhes. Ele confessou também reescrever um bocado. E realmente essa habilidade varia de pessoa para pessoa e depende também do tipo de história, e do grau de dificuldade de planejamento das informações necessárias para reter a ideia num parágrafo.

Daí brinquei que faço mais o estilo George Lucas, nos tempos da faculdade, ou seja, um ermitão compenetrado, mas se eu fico atolado de coisas não sai nada. Expliquei sobre meu cansaço, provavelmente resquicio de um AVC sofrido duas decadas atrás, quando a medicina ainda gatinhava e tratava esses casos como uma marolinha, eu mesmo só tive certeza disto quando vi o técnico vascaíno deixar o gramado no ano passado. E escrever parece ter ajudado a reconstituir as funções. O Gerson falou que escreve porque é a coisa mais gostosa de fazer.

Minha paixonite sempre foi pelo espaço sideral, pela ficção científica de aventura. A dele por historias alternativas vivenciadas no estilo: E se fosse assim... Em mim, o desejo nasceu da forma como meu pai contava a vez em que assistiu Flash Gordon no Planeta Mongo na década de 40. Ele me mostrou como o gênero era divertido e aquela imagem em que Ming se comunica através da tela de um televisor nunca lhe saiu da cabeça.

Então sempre quis fazer algo semelhante e a partir de 1978 rascunhei Escuridão Absoluta em um caderno brochura e senti que aquilo seria minha space ópera, e deu certo. E é lógico. pensei em tudo de maneira comercial. A princípio eu não planejava homenagear o meu pai. Ele não me deixou bens, deu boa educação a mim e aos meus irmãos, e só a usamos corretamente.

Gerson achou nobre querer agora homenagear meu pai com a obra, mas aí eu lhe confessei a verdade pura: Escuridão Absoluta só saiu da gaveta depois de colocar esse objetivo em mente. Destino, talvez. Foi em 2010. Um dia acordei pensando em como faria as pessoas conhecerem quem me fez gostar de ficção científica. E quando dei inicio ao Volume II escrevi a dedicatória, ficou bonita e a historia deslanchou. Uma produção trabalhosa e cheia de emoção nasceu com uma pitada da cultura indígena Kaiapó.

E depois de falar sobre minha obra pedi ao Gerson para falar um pouquinho sobre seu ultimo livro, Xochiquetezal, Editora Draco, 2009, que narra a vida de uma princesa Asteca na época da invasão espanhola, pois achei o tema dificil de escrever.

Gerson abriu o jogo e disse ter lido um bocado de livros sobre as civilizações inca e asteca antes de começar a escrever, porque sempre se interessou por essas culturas. E sendo uma história alternativa, o resultado foi notoriamente satisfatório. E após ler as resenhas da historia no site da editora eu descobri muitos fatos novos sobre a historia do continente. Também vi que todo escritor tem de passar pela mesma romaria e revisar sua obra depois de achar que estivesse terminada. Mas esse trabalho todo é o que faz nossas obras valerem a pena, embora no Brasil não exista muitos adeptos deste gênero que tanto apreciamos e desejamos contar, mas acreditamos no modo como fazemos nossas historias, principalmente no trato da cultura mesoamericana.

Só tenho a dizer que eu e o Gerson trabalhamos com desenvoltura para proporcionar uma aventura com toques de brasilinidade e muito bom gosto.

Valeu pela conversa, Gerson!

domingo, 19 de agosto de 2012

Entrando no mundo da Escuridão Absoluta

Quando estou escrevendo minha série de aventuras não esqueço que há dezenas de outros escritores fazendo o mesmo para tornar a leitura de aventuras de ficção científica rotina na vida dos brasileiros.
Entre muitos trabalhos que me chegam ao conhecimento vou falar aqui de dois expoentes deste ramo com os quais já mantive algum contato.

Gerson-Lodi Ribeiro: este carioca trabalha em seus textos com um tipo de ficção especulativa aonde conta fatos historicos de forma diferente daquele ocorrido, criando uma realidade alternativa envolvente e rica em detalhes de época, como pronuncias antigas e hábitos grotescos dos galantes desbravadores coloniais.
Autor de: Outras Historias.. (1997); O Vampiro de Nova Holanda (1998) e Outros Brasis (2006) e seu trabalho mais recente Xochiquetzal.

Luiz Paulo Pieri: escritor e astronomo amador, trata em sua obra da busca incessante pela origem da vida na Terra. Lançou em 1999 Oh, My God! primeira parte de uma trilogia aonde narra o encontro da humanidade com um ser divino. Em 2011 continuou a saga com O Manto de Vega e introduziu uma tenebrosa raça antiga que vive em Europa, a instigante lua do sistema jupiteriano. 

Escuridão Absoluta destaca o trabalho de escritores envolvidos na divulgaçaõ e propagação deste gênero pelo Brasil.





quarta-feira, 4 de julho de 2012

Por trás da Partícula de Deus

Escuridão Absoluta reuniu as teorias mais atuais com as quais desenvolvi a dinâmica deste fantástico universo, no qual existe a possibilidade de uma partícula elementar ter mexido com toda a Criação. Talvez o bóson de Higgs, não é verdade.Mas no livro a estoria conta esta aventura.

Fique por dentro do Universo da Escuridão Absoluta.

sábado, 2 de junho de 2012

VISÃO DO NADA

ESCURIDÃO ABSOLUTA
VISÃO DO NADA

As estrelas sumiam, uma a uma, sem sugerir o que as fazia entrar em colapso e anular o seu brilho. Podia significar um tipo estranho de buraco negro, girando a milhões de rotações por segundo, invariavelmente quase despercebido. Vocês me puseram aqui em cima e sabiam que eu ia encontrar, sabiam? Se Carl Sagan estivesse aqui seria capaz de imaginar a civilização entre aquelas estrelas, e se chegou a evacuar o planeta ante provável ameaça. Eu estou pensando se devo revelar isso a alguém, mas seja lá o que for manterão sigilo absoluto. Chega de histeria. Já fazem décadas e pessoas continuam a ver homenzinhos verdes por todo lugar. Como quando descuidaram e deixaram vazar a informação sobre as emissões de rádio enviadas por outra civilização, alguém quis tirar proveito político para obter verbas federais e saiu alardeando a respeito de um sussurro no cosmo. Tiveram ainda a desastrada idéia de divulga-lo como o ruído estático da explosão primordial do Universo. Os céticos exigiram provas, e por esse motivo foram gastos milhões de dólares para construírem instrumentos com sensibilidade para enxergar tudo que é invisível no Universo. Vocês procuraram e está agora na minha lente de quatro metros de comprimento. Só não tinham ideia que o Universo esta se destruindo como nunca imaginamos. Eu vejo melhor para  lhes dar essa notícia. Durante os próximos quarenta e cinco minutos ficarei sob a sombra de Júpiter e irei obter novas medições desta catástrofe. Certamente vai nos proporcionar grandes debates no próximo milênio e antecipar algumas coisas. Houston! Não tenha pressa em responder perguntas. Hoje elas parecem tolas. Câmbio e desligo!

Este texto fazia parte dos eventos intermediários a serem alocados entre os capítulos do livro, mas essa ideia não prevaleceu. Notem que há uma mensagem viajando pelo universo desde a criação e está absolutamente incorporada à razão de existir da escuridão absoluta. Muitas outras obras de ficção já exploraram culturas mais antigas que o próprio Universo, sem ter relação com o ruído de fundo cósmico. Uma serie americana tentou usar este principio, porém, não conseguiu concluir o arco de historias. Eu mesmo considero este tema dificílimo demais para cair no gosto do publico.  

A lenda do Guerreiro Kaiapó

Bep-Kororoti, o grande feiticeiro vindo do céu, vestia traje estranho () e sua arma era um cajado (Kob) capaz de imitar o trovão. Ele vivia na floresta, no alto da serra proibida de Pukatoti. Geralmente não se misturava aos indios, preferia levar uma vida solitaria, mas isso não o impediu de entrar em confronto com os guerreiros da aldeia. No inicio, foi tratado como intruso, porém, ao fazer uso de sua poderosa arma, sem causar ferimentos a ninguem, ganhou o respeito da tribo. Mais participativo, Bep-Kororoti passou seus ensinamentos à tribo, ajudando-os a construir Ng-Óbi, a casa onde os clãs podiam contar as façanhas do dia a dia. Influenciou no comportamento dos jovens e lhes ensinou tecnicas de caça e de cultivo de produtos agrícolas. Certo dia ele precisou partir, a terra tremeluziu e em meio a um estrondo trovejante ele sumiu, deixando o solo calcinado.

Escuridão Absoluta baseia estes fatos para contar a saga do povo deste grande guerreiro. 

A Escuridão na Ficção Científica - II

No dia 30 assisti ao episódio: A Jornada Final, da série britânica Doutor Who, exibida pela TV Cultura. Como havia prometido analisei o conteúdo relacionado a um evento semelhante proposto em ESCURIDÃO ABSOLUTA. Por coincidência, o roteiro incluía uma nave gigantesca localizada em uma zona neutra no espaço dimensional, ideia semelhante me passou pela cabeça quando rascunhava ESCURIDÃO, mas desisti por causa da percepção de realismo. Uma maquina destas nunca existiria pelo simples fato de, ao alterar a realidade, ela própria viria deixar de existir. Mas os roteiristas da serie foram além e criaram uma bomba da realidade, algo que projeta uma catástrofe semelhante ao Matador de Estrelas, pelo menos no visual, porém, seu efeito se dá pela nulidade dos universos paralelos paradoxalmente unidos naquela zona do espaço.
Lembrando que Doctor Who explora mundos paralelos e prováveis futuros, mexendo com a teia de eventos enquanto Escuridão Absoluta usa da física pura para tecer um fenômeno imperceptível, que não se altera depois de efetuado.

Mais uma novidade

Muita gente pensa que ler a história em três livros cansa muito, mas o site disponibiliza na versão A4, só que eu ainda não havia testado o conteúdo neste formato, pela razão de não haver determinado o fim da aventura, pois o site só permite arquivos na quantidade máxima de 25 mb. Mas para esta edição completa vou selecionar uma capa especial, só não sei quando poderei lançar este volume. 

Um minuto com meu auxiliar


Entrevista com o capista Willian.

O Willian não é só o meu filho pródigo, é também meu assistente de capa, meu assessor de imprensa e meu auxiliar de revisão. Por isso vou entrevistá-lo.

Beto - Você foi o meu maior incentivo e graças a sua opinião a aventura começou a ganhar vulto. Você acredita que o publico vai gostar deste nosso trabalho?

Willian – Acho que sim. Há anos você vinha escrevendo esta aventura e nunca a terminava, e certo dia voltou a escrevê-la e me mostrou alguns parágrafos do texto do Volume I, e eu nem esperava que concordasse com minhas impressões. Depois pediu para eu dar opinião sobre a capa. Confesso não ter me interessado a principio, pois eu nem entendia direito o que significava.

Beto - Mas você continuou a me ajudar sempre que foi requisitado.

Willian – Foi. Quando você dizia para ajudá-lo a acertar um parágrafo vi que fazer aquilo o motivava e soltava sua criatividade para trazer tudo melhor. E foi só quando li a dedicatória do Volume II que eu entendi porque queria tanto concluir aquela aventura. Eu não conheci meu avô pessoalmente, ele já havia falecido quando nasci e sempre tive vontade de conhecê-lo. Por isso, ao dar minha contribuição a sua obra, compensei este sentimento vazio em minha vida.

Beto - Falando francamente, o que chamou sua atenção na história?

Willian – Isso não é difícil de responder. Chamou minha atenção o ritmo dos acontecimentos, muito parecido com filmes de ação e jogos de videogames. Sabe quando tem aquele filminho antes de uma fase do jogo? O livro é mais ou menos assim, um roteiro de varias fases. Você captou a sensação de tanto assistir filmes de ação ou jogar um game comigo. Acho até que simulava as condições das cenas de ação nos meus games. Percebi que jogava, sentia a sensação e depois saia do jogo e ia escrever.

Beto - É. Eu acho que trapaceei algumas vezes. Mas apesar deste trabalho parecer brilhante vai ser difícil conseguir público trabalhando de forma independente.

Willian – A principio, você me disse que queria só desenvolver a história e o produto. O site em que está hospedado dá visibilidade e possibilita imprimir o boneco para conferir se todo o trabalho ficava bom no formato de livro. Querer vender livros pela internet, fora das grandes livrarias e dos grandes distribuidores, deve ser um desafio ingrato. Mas como você sempre diz: o que vale é ter o serviço disponibilizado para o autor. O publico se adapta com o tempo.

Beto - Puxa! Até sendo o entrevistado você me motiva.

Willian – É. Você é o meu pai e eu quero que as pessoas leiam este livro. Foi um belo jeito de homenagear meu avô.

Beto - Nem sei o que pensar. Escrever o final deste livro trouxe-me mais confiança e desejo continuar a produção dando continuidade a serie do Orbitador Espacial.

Willian – Esta você ainda não me mostrou.

Beto - Eu nem sabia se ia terminar Escuridão Absoluta. Mas darei inicio aos trabalhos somente depois de descansar, antes de me apegar ao projeto vou divulgar Escuridão Absoluta mais um pouco.

Willian – Okay, pai! Estou nessa!

Beto - Valeu filho! Eu queria mesmo lhe agradecer por não ter me feito desistir.

Beto - Terminamos o Volume III e o lançamento depende apenas do registro da obra, portanto, aguardem!

Willian – Vamos fazer como o Bottini: Comprem! Comprem! Comprem!

Beto - Xiii! Será que podemos usar o bordão dele?

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Escuridão na Ficção Científica

Ontem assisti ao episódio: Vire à esquerda, da série britânica Doctor Who, exibida pela TV Cultura. Aa histórias giram em torno de viajantes do tempo, e os roteiristas trabalham com arcos de história bem engendrados e apresentaram um evento chamado Escuridão, muito parecido com o descrito em uma serie de textos curtos de minha autoria, usados para divulgar ESCURIDÃO ABSOLUTA em 1998. Penso ser apenas semelhantes, mas o tema em si recai na mesma situação. O tempo neste caso se curva ao infinito, fazendo todos os Universos se juntar em um único ponto e apaga literalmente as estrelas.
À primeira vista assemelha-se a ESCURIDÃO ABSOLUTA, porém, esta trabalha um evento mais plausível, afinal, estrelas não desaparecem como mágica.
Hoje vou assistir ao episódio em que a tal Escuridão chega à Terra, e depois virei comentar.

domingo, 27 de maio de 2012

O Episódio Final

Ele está pronto, só estou atento aos detalhes, como fiz no segundo volume, assim o texto vai agradar muito mais os leitores. Logo estarei encaminhando o pedido de registro da obra, e não é que ficou do jeito que eu queria. A ação continua a correr igual a um videogame, novos vilões, explosões e uma carga de adrenalina numa batalha épica virtualmente acima dos padrões ficionais brasileiros.
Não percam!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Entrevista - A Origem de tudo

Entrevista concedida em 01/05/2012
ESCURIDÃO ABSOLUTA – A Origem de tudo
BLOG ORBITADOR: Mais uma vez abrimos este espaço para falarmos de Escuridão Absoluta, a mais fantástica aventura de ficção científica escrita no Brasil. Roberto, eu quero antes de tudo parabeniza-lo por este segundo volume. Você reuniu nele toda a magia e sensação de estarmos lendo um fato histórico narrado a partir de artefatos arqueológicos, ficou demais. Acredito que ninguém esperava encontrar um texto tão denso, divertido e, sobretudo, com muita ação.
ROBERTO: Obrigado! É realmente gratificante ver o livro surpreender as pessoas e gente me mandando e-mail elogiando. Eu me sinto com o dever cumprido, pois desde o inicio quis dar as pessoas uma aventura em que parassem para ler e pensassem nela como se tivesse ocorrido de verdade. A inspiração para dar a historia proporções bíblicas veio da necessidade em compatibilizar minha fantasia com a mitologia dos índios Kayapós. Foi uma decisão importante e permitiu dar forma e cor aos personagens.
BLOG ORBITADOR: Além da lenda Kayapó você aprofundou a fala de alguns personagens nos assuntos envolvendo a moderna astrofísica, e nega até a idade do Universo.
ROBERTO: Sei disso e tive um bom motivo. Há muitos anos eu participei de um evento no planetário do Ibirapuera e durante a aula o palestrante afirmou não haver mais nada no sistema solar, além daquilo que já haviam detectado. Fui o único na plateia a discordar e achei interessante colocar este meu ponto de vista na fala de um dos personagens.
BLOG ORBITADOR: Então admite ser um estudioso de  astrofísica.
ROBERTO: Sem duvida. Sou leitor de artigos científicos desde 1975 e, em teoria, discordo de alguns conceitos, como: a possibilidade de viajar no tempo e a existência de outras dimensões. Eu assisti recentemente um episódio do Doctor Who no qual ele explica como o vazio entre diversos universos poderia destruir nossa realidade, e achei a coisa mais maluca. Prefiro aceitar ser improvável existir outro Universo e aumentar o nosso, jogando mais elementos na tabela periódica como nunca imaginamos. Mais até do que os 144 elementos procurados pelos esotéricos e maçons. Aproveito para dar os parabéns à TV Cultura por ceder seu espaço para apresentar uma obra de ficção científica.
BLOG ORBITADOR: Mas você acredita em Deus?
ROBERTO: Lógico que acredito. E todo mundo acredita ao seu modo. Apesar das diferentes crenças encontradas pelo mundo afora tenho certeza absoluta de que Deus é um só, quanto aos demais, talvez fossem alienígenas. (risos) Bem, continuando, quando tinha quinze anos li: Eram os deuses astronautas no antigo oriente, e fiquei intrigado. Mas depois de pesquisar muito, tenho de admitir haver sinais da presença alienígena em certas tabuas de pictogramas sem com isso colocar o intelecto humano de lado e dar versões pitorescas sobre o nascimento da razão e do conhecimento. De alguma forma tudo estava em nosso DNA, só precisamos descobrir como se ativa e por que demorou tanto para nossos ancestrais o usá-lo.
BLOG ORBITADOR: Em seu teaser desta publicação faz menção à frase: Tenha fé! Isto fez muita gente pensar que Escuridão Absoluta tem cunho religioso.  Explica um pouco essa sua escolha de misturar ficção com religião.
ROBERTO: Bom. Na verdade a frase tem seu contexto na historia e é fundamental para dar consistência ao procedimento na origem do Matador de Estrelas. E eu vejo o trato da religião na ficção científica da seguinte forma. Cada autor trata o mundo criado por ele como deve ser, sem, no entanto, diferenciá-lo do nosso. Por isso trabalhei os contrastes sociais, políticos e de fundo religioso baseado naquilo que o ser humano é capaz de produzir em sociedade, tirando um pouco disto e pondo um pouco daquilo. Na verdade, a civilização de que trata a aventura não tem raiz em crenças religiosas  e nem mesmo aceitam a existência de Deus. Mas é um ponto de vista construído a partir da maneira como eles evoluíram e criaram seus costumes. Se no mundo  atual nós respeitássemos isso conflitos como os do oriente médio nunca teriam acontecido.
 BLOG ORBITADOR: No contexto você acaba mudando tudo o que se conhece sobre a criação do universo, isso não o faz se preocupar com a reação de grupos teológicos e doutrinadores raciais?
ROBERTO: Não. Afinal de contas ninguém conhece com exatidão a origem do universo e nem se sabe dizer por que tantas culturas na Terra a contam de maneira diferente. Eu só dou um toque pessoal na história da Criação aproveitando a hipótese de a lenda Kayapó ser a mais exata e verdadeira.
BLOG ORBITADOR: Pode contar sobre o capitulo final?
ROBERTO: Só posso adiantar que a historia não termina do modo como começou.
BLOG ORBITADOR: Ai, esse suspense seu é de arrancar o Carl (Sagan) do caixão.
ROBERTO: E tem mais uma coisa que quero dizer aos futuros leitores.
BLOG ORBITADOR: Pode falar.
ROBERTO: Eu sei que o Volume I tem lá seus defeitos e agora eu os estou saneando. É duro trabalhar sozinho e aprendi a duras penas que escrever um romance de ficção científica dá um trabalhão danado. Mas eu gosto do resultado, obtido com muito empenho e dedicação. Eu também esperava conseguir patrocínio e gente se oferecendo para ajudar com o lançamento do Volume II, mas o efeito foi contrário. Depois de sentirem o poder da história os orçamentos tem sido maiores do que antes. Mas não ligo não. Vou me virando sozinho e até Junho terei corrigido o máximo que puder para leitor nenhum ficar indignado com o preço de capa.
BLOG ORBITADOR: Olhem, mesmo assim vale a pena. A história que ele bolou é inacreditável, inteligente e também é boa diversão.
ROBERTO: Obrigado pelo apoio.
BLOG ORBITADOR: De nada. Vamos encerrando mais uma entrevista com este incrível escritor de ficção científica. Obrigado!!!!!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Chegando lá...

Estou concluindo a saga de uma maneira que duvidava ser capaz. Serão dez páginas de suspense e ação numa batalha narrada com a suntuosidade dos melhores contos heroicos contemporâneos.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Tenha fé, a aventura vai continuar

Normalmente as aventuras de ficção tratam com exelência seus personagens principais, mas em Escuridão Absoluta, a história gira em torno de um povo que teve a proeza de mudar o Universo. E o autor trata isso como se fosse plenamente possível e dá consistencia aos fundamentos científicos de maneira a convencer o leitor de que a vida dele pode ser um mero acaso.   

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA POR TRÁS DA ESCURIDÃO - PARTE II



ENTREVISTA EM DUAS PARTES

Continuando...

Blog-Will43: Você, então, chegou ao objetivo mais alto de um autor. E como foi que lidou com a perda súbita desta grande oportunidade.
Roberto: No primeiro momento eu me senti desolado, tinha feito um livro ruim que, no entanto, era um excelente script cinematográfico; e tentei entender por que aquilo acontecera comigo. E hoje eu penso que poderia ter sido pior se não estivesse familiarizado com a dificil missão de fazer ficção no Brasil, pois eu havia comparecido aos debates e palestras patrocinadas pelo Clube de Leitores de Ficção Científica. E nestes encontros conheci o trabalho de muita gente, inclusive o nosso desenho 3D, Cassiopéia. E também fiz amizade com o fanzineiro César R. T. Silva, que me apresentou a membros do clube, como o Roberto Causo. Através do clube eu assisti a uma palestra com o escritor George Lodi, da qual gostei muito. E todos eles pareciam seriamente empenhados em divulgar o gênero realismo fantástico, inclusive, publicavam anualmente suas antologias. Um dos contos de que me lembro se chamava, Camarões do Espaço. Quando eu comecei a falar do meu trabalho para eles, o César se propôs a publicar um texto curto em seu fanzine, então entreguei a ele o conto de uma página: o perdão do mendigo, que já havia publicado no Jornal de bairro Expressão da Liberdade. Quando leu pediu-me para esclarecer se o Matador de Estrelas era uma nuvem. Na hora eu não compreendi o motivo de ele fazer tal comparação, mas a primeira imagem que me veio à cabeça foi o retorno de V'ger em Star Trek: the motion picture, de 1979, e só recentemente descobri a que se referia. Dias atrás visitei uma página de blog onde encontrei o conto: A Escuridão, de André Carneiro, publicado em 1922, que fala como uma grande nuvem de poeira estelar cruza com a órbita da Terra e encobre o Sol, mergulhando o planeta na escuridão por alguns dias. Além de nunca ter lido este conto antes, não vi qualquer semelhança que possa comprometer o perdão do mendigo, pois neste o colapso da estrela de um mundo fictício é provocado por um objeto celeste desconhecido e leva o sistema solar à destruição.
Blog-Will43: Agora você tocou num assunto muito interessante para tratarmos aqui, que é a mania de alguns críticos de comparar o trabalho de um novo autor com obras consagradas. Qual sua opinião a respeito disto?
Roberto: Eu vivi esta experiência e tenho medo disto. Apesar de minha obra não estar na mídia sei que é possível aparecerem ideias semelhantes, mas a proposta de Escuridão Absoluta e dos demais títulos de minha autoria é original. Também já desisti de alguns projetos por causa da similaridade do insight com algo que, porventura, surgiu depois de eu ter aquilo em mente. A não ser que exista telepatia, o senhor Batata podia ter sido um boneco de pano numa aventura infantil de suspense. Logicamente a figura do personagem da Pixar em nada se assemelha ao que eu tinha em mente, mas o nome estará eternamente ligado ao personagem em 3D.
Blog-Will43: E você já encontrou algo parecido com Escuridão Absoluta?
Roberto: Não. Escuridão Absoluta é única no gênero. Exceto pela suspeita de frases e parágrafos que encontrei aqui e ali, nada até agora chegou perto de ser a mesma história.
Blog-Will43: A que frases e parágrafos você se refere?
Roberto: Bom. Quando trabalhava para apresentar Escuridão Absoluta às Editoras peguei uma série de textos curtos criados para marcar o avanço do Matador de Estrelas pelo Universo, que apareceriam intercalados entre os capítulos, e os transformei em cartão de visita. Foi inconveniente ver mais tarde, em 2002, ideias parecidas no texto de abertura de uma serie em quadrinhos envolvendo super-heróis americanos. Mas na tradução para o português as ideias imprecisas ficam claras, ora referindo-se na trama à um destruidor de estrelas e outras vezes chamando-o de Devorador de Mundos. O caso mais recente aconteceu enquanto eu assitia ao 12º episódio de um spin-off na televisão, quando ouvi o personagem dizer o destino da missão, repetindo literalmente na legenda o conteúdo que estava em um parágrafo do cartão de visitas. Porém, o seriado acabou não encontrando destino com este argumento, assim como eu já havia descartado seu uso no livro pelo mesmo motivo. Estes dois casos são com certeza mais do que coincidência, fora outro caso, mais antigo, envolvendo Sem Vestígios. Apesar disto ser uma afronta moral contra o verdadeiro autor, o uso das ideias não foi proposital. Alguém se apropriou delas e as apresentou à produção como sendo seu autor, prática que quando descoberta termina com o encerramento da serie. Provavelmente, com a digitalização dos recursos de proteção do direito autoral aqui no Brasil esta pratica abusiva será cada vez menos habitual.
Blog-Will43: Direito autoral é realmente complicado. O autor amador geralmente não tem noção do que está fazendo quando usa parâmetros de outra obra. E a melhor maneira de encerrarmos esta conversa será dizendo um pouco sobre o próximo livro de Escuridão Absoluta.
Roberto: Tudo bem. Mas eu queria lembrar sobre o que eu havia dito anteriormente de fazer a  aventura em duas partes.
Blog-Will43: Claro, eu me lembro. Foi na sua primeira entrevista.
Roberto: Pois é, isso mudou. Eu fiquei tão atarefado ultimamente que me deparei com a falta de perspectiva de encerrar a historia até o final de 2012. Não foi por falta de ideias, mas pela constatação de que havia criado um estilo dentro do emaranhado de textos. Quem lê o Volume dois percebe que a historia de Loma progride lentamente para o clímax enquanto a do Matador de Estrelas é contada de trás pra frente. Isto fez com que eu retomasse o plano original, abrindo mais um volume.
Blog-Will43: Isto até que é bom. Como você disse antes, o leitor precisa de tempo para digerir toda a informação e entender a trama no pano de fundo da história.
Roberto: Exatamente. E no Volume II, Loma fará descobertas incríveis sobre os Senhores de Orgiyê enquanto tenta se adaptar ao regulamento de convivência dentro da astronave. No entanto, o foco principal da historia fica sendo a origem do Matador de Estrelas, e os leitores  ficarão extasiados à espera do Volume III.
Blog-Will43: Estou certo de que o leitor irá ver a mudança como uma forma de a história continuar interessante. E agradeço também por ter revelado suas experiências, pois agora sabemos o quanto vem batalhando por seu espaço. 
Roberto: Agradeço por esta nova oportunidade e aproveito para dizer que: o sucesso vem em consequência do que se aprende com os erros e fracassos. Tchau!
Blog-Will43: Muito bem. E encerramos na moral. Um abraço!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A HISTÓRIA POR TRÁS DA ESCURIDÃO - PARTE I

ENTREVISTA EM DUAS PARTES

Todo leitor jovem nem imagina quanto tempo um autor leva para dar corpo ao seu trabalho. Temos o exemplo de escritores famosos, como: Vinícius de Morais. Mas em nenhum momento se soube quanto tempo leva para um escritor de ficção científica criar uma boa história.

Blog-Will43: Nossa conversa anterior foi bem descontraída e aguçou a curiosidade de algumas pessoas. Portanto, falaremos sobre a criação do livro Escuridão Absoluta.

Roberto: Sem problema. Pode perguntar.
Blog-Will43: Na entrevista anterior você afirma que lia artigos científicos e romances de ficção. Poderia citar alguns deles?
Roberto: Posso sim. Mas a história é longa, você vai ter de me aturar! - risos.
Blog-Will43: Tudo bem. Vamos ter uma página só pra esta entrevista. Continue.
Roberto: Vamos lá! Na época em que nasceu a ideia de escrever a historia eu lia Artur C Clark, autor de 2001 e 2010. Acompanhei os pocket books da série Battlestar Galáctica, estes são os que me lembro agora. Eu era fã de séries de TV, como: Jornada nas Estrelas, Fuga no Século XXIII, Planeta dos Macacos e Perdidos no Espaço, que eu assistia desde pequeno. Espaço: 1999 foi uma série que curti bastante na extinta Rede Tupi, e até tenho ideias para uma nova trama. Dos quadrinhos veio o gosto por super-heróis e aventuras fantásticas. E teve um episódio em minha vida quando conheci o grande Hélcio de Carvalho, na época diretor de quadrinhos da Editora Abril, que morava na mesma rua que eu. O Hélcio se sentou ao meu lado no ônibus, ao voltar pra casa, e me encontrou lendo gibi. Ele então abriu sua maleta e despejou cinco exemplares de cortesia na minha mão. Foi um baita incentivo, por conta disto você pode ter ideia do quanto eu amava quadrinhos. Quando eu me casei tinha cerca de dois mil gibis e minha mulher ao ver tudo aquilo ficou maluca. Eu tinha várias coleções completas da Bloch Editores e entre elas havia a do Homem-Aranha e a do Superman, mais as da Editora Abril e Panini Comics. Ela me fez vender tudo! Até hoje eu sou fã incondicional de Stan Lee, Steve Dikto e Jack Kirby e seus personagens, que agora curto no cinema. Mas voltando ao assunto do livro, em meio à leitura de gibis e romances comecei a ler aos domingos  os artigos do proeminente astrofísico Marcelo Gleiser; e assim passei a admirar o trabalho de outro astrofísico com mil ideias na cabeça sobre o Universo: Alex Fillipenko. Estes artigos me inspiraram a escrever um conto em 1978, este também foi o primeiro rascunho das aventuras de Loma & Cássia dos confins do cosmo a participar de um concurso. Lembro-me de ter recebido incentivo do meu empregador, que prestava serviços gráficos às editoras. Já em 1982, refiz toda a estrutura do conto e dei inicio ao livro, inclusive com novo título, passando a se chamar: Uma Aventura nas Estrelas. Como eu desenhava muito bem, rascunhei o perfil de vários personagens, que podem ser vistos no blog, mas a história ficou empacada no quinto capítulo durante décadas, até chegar em 1996, no surgimento das pequenas editoras por demanda. Corri e apresentei meu trabalho à Rosalba Fachinetti, da Angelara Editora Ltda. O texto estava cru e não havia chegado ao final, só havia feito até o quinto capítulo. A Rosalba me incentivou, embora o mercado não estivesse tão aquecido quanto se pensava para uma editora pequena arcar com produções independentes. Entretanto, nós nos reuníamos para pensar em como dar corpo à obra, e a primeira coisa que perguntou para mim foi: o que é o Matador de Estrelas? Eu dei uma definição razoável baseada na teoria das cordas, mas aí notei que até aquele momento eu não havia construído as características do fenômeno. Marquei o ponto pra ela. Depois disso, ela ainda me pediu pra arrumar um nome mais comercial, pois uma aventura nas estrelas rimava com guerra nas estrelas e jornada nas estrelas, os dois ícones da época. Eu passei uma semana sobre o minidicionário Aurélio para encontrar o título adequado. Então uni duas palavras escuridão e absoluta com o subtítulo: O Matador de Estrelas. E a Rosalba gostou do resultado, porem, achava o subtítulo um tanto perverso, mas eu o mantive assim mesmo. Como estávamos próximos do fim do milênio, havia aquele clima de destruição do mundo e eu queria aproveitar para lançar a saga como uma história apoteótica atemporal, que poderia ser contada em qualquer época, mas que não necessariamente envolve-se viagens no tempo, dimensões paralelas ou quinta dimensão. Um ano se passou, o mercado gorou e a Rosalba fechou as portas. Desde as minhas reuniões com a Rosalba tive um excesso de insights para a produção de historias e, com tempo livre, concluí o primeiro ensaio da saga Escuridão Absoluta cujo registro foi no mês de outubro de 1997. Depois disto vieram mais dois títulos registrados em 1998, Sem Vestígios e Orbitador Espacial: Niterói. Escrevia como louco, mas eram mais ideias do que texto apreciável. Perdi meu emprego e com a indenização parti para a produção independente com a tiragem de 200 exemplares da aventura policial: Sem Vestígios. Foi um sucesso, mas o texto estava cheio de erros gramaticais. Fui um amador mesmo! Aí chegou uma série de televisão chamada Labirinto, a minissérie policial de Gilberto Braga estreada pelo ator Marcos Assumpção, e quando vi o autor dando entrevista para explicar as falhas da trama, um mês depois eu apresentei Sem Vestígios para o Luiz Gleiser, diretor na companhia Globo Filmes naquele ano de 1998, e em dezembro estava assinando um contrato de orçamento. Aí chegou 1999, e, igual à série homônima, veio o desastre. A manipulação da cotação do dólar pelo governo federal destruiu o sonho de produzir grandes produções de cinema por mais de uma década. E eu continuei no anonimato, sem um grande final para a saga de Escuridão Absoluta.

continua....





domingo, 1 de janeiro de 2012

CONTAGEM REGRESSIVA

A partir do dia 2 de janeiro 
tem início a contagem regressiva 
para o fim do Universo

Impresso
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