"Eu escrevo porque isso me deixa feliz. Narrar uma historia para ser lida por pessoas que nunca ouviram falar de você, dos seus projetos e das suas convicções pessoais é o desafio que me provoca para transformar a ideia em um romance fantástico."
(Roberto Miranda, Dezembro, 2012)
A SAGA DE ESCURIDÃO ABSOLUTA
O autor fala de sua obra-prima da ficção científica, Escuridão Absoluta.
Eu fiz o primeiro esboço em 1978, um conto de poucas laudas com o título: Loma e Cássia dos confins do cosmo, onde o envolvimento do casal era semelhante ao de Han Solo e a Princesa Léia e por essa
razão eu mudei meu jeito de pensar e procurei por algo realmente
original, sem sofrer influência das historias cult do momento.
Como se tratava de um hobby, só em 1982 me dei conta que faria daquilo uma space opera. Eu lia muitos artigos
científicos e também livros de ficção científica. Deu um estalo e vi que
podia juntar tudo e fazer uma aventura.
Sou fã de seriados de televisão
e vou ao cinema quando tem uma nova produção repleta de efeitos
visuais, mas o meu trabalho não foi inspirado por nenhum deles. Mas, no inicio, o título provisório foi Uma Aventura nas Estrelas.
Em 1997, eu tive tempo para trabalhar o texto e decidi reavalia-la desde o principio, aproveitando os arcos bem equilibrados e a estrutura arquitetada para o campo de ação das personagens. Nesse momento eu busquei assessoria da Rosalba Fachinetti e me empolguei com o trabalho, incluindo os visitantes vindos da astronave Laviggia e o novo título: Escuridão Absoluta - O Matador de Estrelas.
Mas as coisas não eram tão fáceis assim, eu não sabia por que minha mente andava alucinada para escrever, apesar de a vontade de ser escritor estivesse em mim.
Exceto que enquanto escrevia tudo parecia fazer sentido, mas estava fora do tempo verbal.
Demorei a descobrir que tinha sido afetado por um episódio da minha vida que aconteceu em fevereiro de 1990. Até pensei ter tido um tipo de AVC(**). Hoje eu sei que foi Neurite Acústica, devido a perda do nervo vestibular do ouvido direito.
Sem receber tratamento adequado na época, pois o diagnóstico não saia da hipertensão, me deixou sequelas ao longo tempo, tais como: dislexia, trava língua e amnésia temporária. Esta história real eu talvez a conte na forma de comédia, porque o drama pelo qual eu passei destruiu minha carreira. Após mais cinco anos de dificuldades e exercícios terapêuticos, a mente voltou a ficar lúcida e organizada o suficiente para tocar o projeto.
Exceto que enquanto escrevia tudo parecia fazer sentido, mas estava fora do tempo verbal.
Demorei a descobrir que tinha sido afetado por um episódio da minha vida que aconteceu em fevereiro de 1990. Até pensei ter tido um tipo de AVC(**). Hoje eu sei que foi Neurite Acústica, devido a perda do nervo vestibular do ouvido direito.
Sem receber tratamento adequado na época, pois o diagnóstico não saia da hipertensão, me deixou sequelas ao longo tempo, tais como: dislexia, trava língua e amnésia temporária. Esta história real eu talvez a conte na forma de comédia, porque o drama pelo qual eu passei destruiu minha carreira. Após mais cinco anos de dificuldades e exercícios terapêuticos, a mente voltou a ficar lúcida e organizada o suficiente para tocar o projeto.
Por essa razão atravessei um processo bastante complicado para desenvolver a ideia ao longo dos últimos anos, quando também amadureci como escritor.
Então, em 2011 surgiu o Clube de Autores oferecendo uma espécie de incubadora de livros para autores independentes elaborarem seus produtos, produzindo desde a capa até o miolo revisado. Ver os bonecos prontos me deu ânimo. A cada novo boneco ia notando a evolução do texto, e com isso cheguei a um denominador final.
Então, em 2011 surgiu o Clube de Autores oferecendo uma espécie de incubadora de livros para autores independentes elaborarem seus produtos, produzindo desde a capa até o miolo revisado. Ver os bonecos prontos me deu ânimo. A cada novo boneco ia notando a evolução do texto, e com isso cheguei a um denominador final.
Eu tinha apenas uma versão completa baseada em uma brincadeira com o tempo, registrada em 1998. No decorrer dos anos notei que apareceram produções de TV trazendo trechos muito parecidos com os meus, e até suspeitei de que minhas ideias haviam vazado, em um ou dois casos, talvez, por conta de um contato suspeito. Para não cair no descrédito abandonei tudo ali escrito e parti para uma nova historia, uma decisão radical.
Ao analisar a estrutura da aventura vi que era tão versátil em aceitar a condução de historias paralelas, como as planejadas inicialmente para os intervalos entre os capítulos. Mas precisava descobrir qual o tipo de conexão ela teria com a historia já escrita. E me lembrei da Rosalba me perguntando: O que é o Matador de Estrelas?
Pois bem, o Matador de Estrelas era para ser um buraco no tempo entre a realidade e o Vazio, o espaço do tempo há muito esquecido. Como eu esperava ver alguém usar de ideia semelhante (vide o trecho sobre a escuridão nos episódios mais recentes do Doutor Who). Foi então que mergulhei à procura de algo novo. Revendo minhas anotações deparei-me com a lenda caiapó de Beep- Kororoti.
Era um personagem escolhido para uma aventura na selva, porém, dada as qualidades mitológicas da crença brasileira eu faria da lenda o seio da aventura de Escuridão Absoluta. Então, a brincadeira com o tempo foi deixada de lado e o centro da historia passou a ser o conto da saga do povo indígena que veio do buraco. Para isso tive de escrever mais 160 páginas inéditas, amarrando o Matador de Estrelas ao mito.
A razão de eu escrever tem a finalidade de atender diversas necessidades,
afinal tenho mais de 50 anos e chega o dia de eu me aposentar para sempre. Tenho este projeto pessoal de escrever até o ano de
2020 e optei por usar na ficção científica uma linguagem mais popular, como a utilizada por Arthur C. Clarke.
Em 2015, depurei cada frase e acreditava ter encontrado ali o ritmo certo para qualquer publico. Mas foi só em 2018 que encontrei o ponto certo para o texto final, e a aventura é pura diversão! Cada página foi feita para levar o leitor a viver uma noção de realidade diferente, mantendo o suspense da trama até o último capítulo.
Em 2015, depurei cada frase e acreditava ter encontrado ali o ritmo certo para qualquer publico. Mas foi só em 2018 que encontrei o ponto certo para o texto final, e a aventura é pura diversão! Cada página foi feita para levar o leitor a viver uma noção de realidade diferente, mantendo o suspense da trama até o último capítulo.
Roberto/Autor - Orbitador vai ter um pouco de tudo. A
exploração do espaço é algo muito mais complexo do que o publico imagina. Lá em cima não existe fronteira, nem uma federação
de planetas ou gente amistosa, só exorbitante caos sem dar um
passo fora do sistema solar.
Por essa razão não dá para imaginar o que há além. Viajar pelas estrelas será possível mais cedo do que pensávamos, contudo seriamos loucos sair por aí à velocidade da luz, pois trombaríamos com um monte de coisas e fenômenos invisíveis à nossa tecnologia antes de chegarmos a algum lugar parecido com o nosso planeta.
Por essa razão não dá para imaginar o que há além. Viajar pelas estrelas será possível mais cedo do que pensávamos, contudo seriamos loucos sair por aí à velocidade da luz, pois trombaríamos com um monte de coisas e fenômenos invisíveis à nossa tecnologia antes de chegarmos a algum lugar parecido com o nosso planeta.
Roberto/Autor - Bom, como todo católico
pós-inquisição mantenho a mente aberta a toda forma de conhecimento e
expressões humanas de divindades. Eu mesmo já me iniciei em diversas culturas
ritualísticas, exceto as satânicas (risos). Para mim foi uma experiência de autoconhecimento e expurgo de pensamentos
ateístas. Quanto aos extraterrestres, ufólogos renomados encontraram fortes
indícios assinalados em hieróglifos faraônicos e na arte surreal do extremo
oriente, alguns até divulgam objetos alienígenas. Só posso dizer que
existe alguma coisa, pois eu vi um ÓVNI de longe. Era meados da década de 70, vi do alto do muro de casa um fenômeno impossível de acontecer. Por volta das 21 h o céu estava com nuvens densas sobre a Serra da Cantareira e repentinamente um objeto desceu do céu e retornou imediatamente pelo mesmo trajeto, o que me leva a acreditar que não se tratava de fenômeno natural. Portanto, penso eu, talvez os alienígenas que tanto esperamos contatar não estejam tão longe daqui.
Blog - E você acredita na existência de Deus?
Roberto/Autor - Talvez seja de uma maneira diferente da maioria das pessoas, mais como cientista amador que sou. Eu quis descrever o Deus no qual meus
personagens acreditam com os mesmos atributos ditados na doutrina católica, mas descolado quanto
ao resto para incluir a tradição indígena caiapó. Acabei resumindo tudo de
maneira muito simples:
“Deus é amor! Se acreditar e tiver fé, sempre o bem fará.”
Blog - Mas tem gente que acredita em espíritos, demônios, anjos e vários
deuses nos enganando, levando países à guerra. Qual sua opinião quanto a isso?
Roberto/Autor - Um emblema cultural, só
isso. Demônios não existem. Mas eu não prego nada contra as tradições de um povo
porque a ciência diz o contrario. Existem lendas sobre personagens
míticos em cada país e na cultura milenar, como o dragão chinês. Em Escuridão Absoluta eu convido as pessoas a olhar
a fé subjetiva por um ângulo mais lógico, porém, não incito ninguém, pois não passa de diversão e mito
cultural de um povo fictício. Entretanto reforço a ideia de que demônios ou anjos não existem. Espíritos? Muito provavelmente. Exceto que tudo resume a nós, humanos, dando novos passos para a evolução. E a meta dada por Deus em
todas as doutrinas faz parte de uma escolha simples a ser feita no estágio mais importante das nossas vidas. Ou seja, você acredita ou não acredita, e ponto final!
Blog -
Eu acredito! E terminamos mais essa entrevista aguardando as muitas surpresas
que virão por aí com as series criadas a partir de Escuridão Absoluta.
atualizado em 26/07/2015
atualizado em 08/03/2018
atualizado em 25/08/2018
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