O Borrão no Sol
por Roberto Miranda.
por Roberto Miranda.
Era um final de semana de verão.
A praia lotada e esplendidas mulheres bonitas remexendo o corpo na batida das ondas. Eu, como sempre, fiquei tomando minha cervejinha debaixo do guarda-sol e olhando as musas de óculos escuros. Em um fone auricular dependurado no ouvido esquerdo escutava musica de uma radio local quando minutos depois o som cessou de repente.
Tentei inutilmente outra estação, mas só captava chiado no ar. Imediatamente notei as pessoas em redor com o mesmo problema, uns até enterraram os tocadores na areia após se arrependerem de o ter adquirido no Paraguai.
Eu continuei na minha.
Cinco minutos mais tarde alguns banhistas sombrearam os olhos para avistar algo no céu. Eu segui o olhar e vi alguma coisa tapando o brilho do sol, mas não era a lua.
Um enorme objeto errante entrara no sistema solar a mil e estacionou na frente da coroa solar, escurecendo o céu enquanto obliterava o respaldo de luz agonizante da coroa, até por fim o sol morrer.
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