quarta-feira, 28 de março de 2018

SUPERAR A REALIDADE COM A FICÇÃO


As limitação impostas à mim pela falta de um diagnóstico assertivo de uma neurite coclear e o seu tratamento adequado representou um momento de superação durante estes meses em que dediquei horas à revisão do livro publicado em 2016 sob aquelas condições totalmente surreais.
Foi como acordar de um coma.
E publicá-lo com o melhor de mim, intelectualmente falando, foi igual a pegar de novo meu filho no colo, ainda pequenino, e cuidar dele nos primeiros anos de vida.
Eu respiro aliviado da mesma maneira quando ele deu os primeiros passos sozinho e falou as primeiras palavras.
A sensação que sinto é de dever cumprido.
E já recebi diversos elogios pelas capas e espero ler os comentários sobre os personagens e a trama da estória.
Eu contei a historia de um evento que chamo de Matador de Estrelas e o relacionei à lenda caiapó de Bep-Kororoti, e a vinda desta tribo para o paraíso terrestre. Se o evento em si no nome já é bombástico, no âmbito ficcional traduz o período da Criação do Universo conhecido, da maneira particular que escolhi: sem deuses ou demônios. Só vida.
Essa lenda se juntou ao que já sabemos sobre o Universo.
Mas, na verdade, demorou um bocado para cair a ficha e aconteceu justamente o contrário. Por que a aventura  foi criada em 1982, derivada de um conto que escrevi em 1978 para um concurso de contos, e onde surgiu a primeira ideia do Matador de Estrelas. Só finalizei o rascunho no ano de 1997.
No inicio era para ser uma brecha no tempo e, coincidência ou não, o tema passou a ser explorado excessivamente em obras de todo o gênero, e em 2011, quando decidi tornar-me editor independente, senti que passaria a ideia de ser apenas mais um a explorar o tema. Então, um belo dia, achei que devia dar à trama uma boa dose de brasilidade.
E foi assim, dessa união da ciência com a lenda, que a trama embrionária sobreviveu e a lenda me permitiu construir arquétipos estereotipados, de personalidades carismáticas, em que a trama principal começa subjetiva e ganha ímpeto na continuidade dos fatos.
Alguns diálogos e frases deverão tornarem-se referências para quem ler e ter a surpresa do clímax, que vai deixar sua marca na concepção do gênero de ficção científica, eu espero.
E lembro aos futuros leitores que Ficção Científica é um exercício de imaginação e de inovação de ideias.
Os links dos livros estarão disponíveis pela Amazon conforme o procedimento interno e em livrarias parceiras que acolherem a obra.
A impressão é ótima!
Desejo a todos uma boa leitura!